Grupos de Trabalho (GTs)
GT (Trans) Gênero & Religião
Coordenação
Pós-Doutorx Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fo, UFSC e Mestra Letícia Lanz, UFPR
Resumo: Este GT tem como objetivo estimular diálogos acerca de confecções identitárias de gênero e de sexualidade de pessoas trans* (termo aqui utilizado como diminutivo de transgeneridade, entendida como condição sócio-política de transgressão de expectativas sociais relativas ao sexo/gênero de outorga no nascimento) e de pessoas homossexuais a partir de discursos religiosos, dentre eles os de de igrejas inclusivas, de igrejas (neo)pentecostais e de ministérios de “cura e libertação”; e de discursos sócio-políticos como os de movimentos transgêneros, feministas, queer e LGB.
Serão acolhidas propostas de quaisquer áreas do conhecimento, com o objetivo de fermentar provocações relacionadas às (in)tolerâncias às diversidades e aos fundamentalismos não só religiosos, como sexuais e de gênero. São bem-vindas fontes e procedimentos teórico-metodológicos como etnografia, etnografia do ciberespaço e história oral, dentre outros.
GT (Des)patologizando e (des)psiquiatrizando corpos desviantes da norma heterossexual e cisgênera
Coordenação
Brune Camillo Bonassi
Mestrande do Programa de Pós-Graduação em Psicologia - Núcleo MARGENS. Psicanalista. Não-binárie. E-mail: brucbonassi@gmail.com
Melissa Bittencourt Jaeger
Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Psicologia - Núcleo MARGENS
E-mail: melissa_jaeger@hotmail.com
Resumo: As múltiplas religiões criam relações singulares com o saber/poder da medicina, da psiquiatria, da psicologia e da psicanálise. A relação entre a igreja, a culpabilização e a normalização das pessoas que desviam da cisheteronorma não é recente. Podemos perceber a influência da moral cristã nos códigos de leis que governavam os corpos na idade média e como a medicina se apropria desses códigos e os atualiza na modernidade com a patologização. Além disso, a posição de pecado e de transgressão de uma norma pode facilmente ser vinculada com o status da perversão. Mas, há algo a mais? A Organização Mundial da Saúde propôs um avanço realocando a população trans* de doenças mentais para condições gerais de saúde no CID-11. Simultaneamente, igrejas inclusivas acolhem pessoas que transgridem as normas, seja como fiel ou líder. Lançamos o questionamento: Quais as relações entre a patologização de pessoas desviantes da cisheteronorma com as religiões? Atos de fé podem ser cisheterossexistas?
GT Mulheres, religião e mídia: as violências naturalizadas
Coordenação:
Elizane de Andrade - Liza
Doutoranda no Programa de Pós graduação em Educação - UDESC
Mestre em Educação - UDESC
Graduada em Pedagogia - UDESC
Samira M. M. Vigano
Doutoranda em Educação - UFSC
Mestra em Educação UFSC - Ensino e Formação de Educadores
Especialista em Educação de Jovens e Adultos - UFSC
Pedagoga - UDESC
Resumo:
Objetivo: Debater o contexto histórico e social, que favoreceu a naturalização da violência contra as mulheres, seja na mídia como na religião; percebendo como essa violência foi se perpetuando em nossa cultura, apresentando como as bases materiais da dominação de gênero estão explícitas e postas no senso comum.
Justificativa: Historicamente, as religiões não têm protagonizado mudanças sociais no que se refere à superação da noção de subordinação feminina, e nem tão pouco debatido sobre o crescente número de feminicídios, pelo contrário, frequentemente têm reforçado algumas representações domesticadoras, traduzindo o ser mulher como “bela, recatada e do lar”, o que implica dizer ser uma boa mãe, ser uma boa esposa, ser uma boa dona de casa, ser uma serva fiel na religião etc.
Nesse grupo de trabalho iremos problematizar as questões referentes as violências contras as mulheres dentro de um contexto midiático e religioso, buscaremos desnaturalizar alguns conceitos e trazer a tona dados numéricos que retratem o objetivo do GT.